TJPA - DIÃRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7191/2021 - Terça-feira, 27 de Julho de 2021
1810
quando começou a briga entre o declarante e a mãe da criança, respondeu que acha que antes; que não
registrou; que a gente pensa que vai melhorar; que ao ser questionado se ela tinha alguma rivalidade com
o acusado, respondeu que não; que depois ficou; que enxergou ele chamou e ele foi tomar um café
comigo e eles viram; que essa menina me fez uma ligação, ligou para o pai dela, meu filho, e esse pai dela
disse ‘chama a polícia’; que não sabe onde a dona Onatércia está; Que Onatércia morava não fazia um
mês em sua casa; que ao ser questionado se ela (Onatércia) era de inventar, respondeu que tem um
sobrinho que está preso e ela foi uma das ‘artistas’ que denunciou ele e ele está preso até agora; que foi
uma denúncia de que ele (sobrinho) teria mexido com uma mulher e ele está preso até agora; que ela foi
uma das artistas; que ao ser questionado qual a distância, respondeu que tem uma distância da sala; que
ao ser questionado se o seu Raimundo jogava dominó dentro da casa, numa sala na frente; que ao ser
questionado sobre a distância da sala onde jogava dominó e o banheiro, respondeu que tem uma distância
dessa (tamanho da sala da audiência); que da sala entra para parte da cozinha e da cozinha entra para o
banheiro; que ao ser questionado se de onde estava dava para ver o banheiro, respondeu que dava, só
que estava escuro; que eles tinham desligado as luzes; que as os pequenos desligaram porque estavam
brincando”. E nada mais disse ou lhe foi perguntado.
O acusado, RAIMUNDO ALMEIDA DE SOUSA, durante seu interrogatório judicial, declarou: “Que sou
amigo do avô da vítima; que eu moro umas 3 ruas depois; que uma senhora que veio do interior pediu
moradia lá para o cidadão, que é meu amigo; que eles são parentes do... (não finaliza); que o filho desse
cidadão é avô dessa menina lá; que não ocorreu nada; que essa senhora saiu com essa arrumação que
eu não sei; que o depoimento dela, ela só disse que viu, viu, viu, mas o quê? Eu não sei até hoje; que o
que aconteceu foi o seguinte, nós estávamos jogando lá na varanda dele, chegou um filho dele, aí nós
paramos o jogo, era umas 6h, 7h da noite; que essa sala onde ela diz ter acontecido, fica próximo de um
banheiro, que eu saí de onde nós estávamos na mesa, para ir ao banheiro, e nessa passagem, estava
tudo escuro, lá no banheiro, aí eu tombei; que eles estavam brincando de ‘esconde-esconde e estava
escorada no banheiro; que depois de uns 02 ou 03 minutos, ela já vem com a garota já de uma casa
vizinha, que é ligado lá, puxando e disse ‘diga, diga, diga, o que ele fez, o que ele fez?’; que ela disse
‘passou a mão assim, não sei o quê’; que essa mulher apresentou essa queixa; que eu sempre ia lá jogar
com o amigo; que ela não tem moradia certa; que o filho desse senhor de onde eu estava na casa, é avô
da criança; que a mãe dela é neta de seu amigo; que o amigo não disse nada, porque não viu nada; que
não havia se desentendido antes com ninguém; que essa senhora (Onatércia) veio do interior, enquanto
ela alugava uma casa, alguma coisa assim, na verdade, ela estava procurando onde ficar; que estava lá
ela e o sobrinho dela, e ela saiu com essa história; que eu fui saber depois (que havia outas crianças
brincando); que ouvia o barulho de criança brincando de esconde-esconde; que ela veio já da outra casa,
puxando, dizendo ‘diga, diga’; Que confirma que tropeçou; que não sei se tinham apagado as luzes, só sei
que estava escuro, mas como já conhecia bem o ambiente, acabou indo, só que no caminho, teve esse
problema; que não sei se fui acusado porque estava próximo das crianças; que tocou nas crianças, mas
sem saber no que estava tocando, porque estavam escoradas na parede, e eu passei aqui do lado, dei um
tropeção e nisso (gesticula com os braços, como se estivesse caindo e pega nos ombros, como se tivesse
tocado nessa parte na vítima); que se apoiou e voltou, entrou no banheiro e fez o ‘serviço’; que na hora
que estava fazendo o ‘serviço’, eu saí daqui, essa senhora apareceu, acenderam a luz, ela apareceu, e eu
perguntei ‘você quer ir ao banheiro?’ e ela disse ‘gostaria’, e eu saí e fui para a sala lá; que a criança não
estava no banheiro; que se apoiou na criança antes, no caminho, aí tropeçou, se apoiou, entrou no
banheiro, fez seu serviço e foi lavar as mãos, quando a luz acendeu; que tocou só nos ombros da criança;
que tocou daqui para baixo (aponta os ombros e a parte de baixo, incluindo o peitoral); que até aqui assim
(aponta o peitoral) chegou a tocar; que ela chegou lá, insistindo para a garota dizer o que estava
acontecendo; que acenderam a luz do banheiro na hora que eu estou lavando a mão; que eu olhei para
fora e estava essa senhora lá, em pé (Onatércia); que ela estava me olhando; que nesse momento ela
ficou olhando e não falou nada; que nem a criança estava lá, porque foi na passagem, foi rápido; que não
tinha ninguém, e quando acenderam a luz, eu olhei e estava essa senhora lá, em pé; que desde a tarde
que estavam lá, bebericando e comendo um aperitivo, um churrasquinho; que aí ela me apareceu com
essa história; que ela voltou para a casa do seu Jaime, não chegou a entrar no banheiro; que ela só ficou
em pé, em frente, e quando eu terminei aqui ela foi embora para a outa casa, a casa dos fundos; que eu
fiquei sentado lá no sofá, estava o Sr. Jaime, o filho dele, que tinha chegado, aí fizeram aquele alarde e
tudo mais e aí que veio o resto da família para a sala; que lá ficaram conversando e eu perguntei ‘que
arrumação é essa, senhora?’, e ela disse ‘eu vi, eu vi’; que ela (Onatércia) não falou o que era”. E nada
mais declarou ou lhe foi perguntado.